segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Tecnologia não substitui diálogo entre pais e escola


Para melhorar a comunicação entre pais e escolas, algumas instituições de Curitiba vêm utilizando sistemas de monitoramento como câmeras instaladas em sala de aula, agenda virtual, e até mesmo a comunicação direta entre pai e professor via e-mail.
Para a pedagoga e consultora em tecnologia responsável, Danielle Lourenço, “quanto mais informações a escola puder propiciar para família melhor, porque o pai irá acompanhar o desempenho escolar e conhecer a proposta pedagógica da escola”. Mas, ela afirma que toda essas ferramentas não substituem o diálogo com as crianças e o contato pessoal com os professores e a equipe pedagógica.
Confira as dicas da pedagoga para melhorar a comunicação virtual e real do pai com a escola:
Site da escola: Um site bem estruturado que consiga mostrar o dia-a-dia escolar pode ser uma forma de conhecer as atividades propostas pela escola. O site deve ser informativo, tratar da escola como um todo e  nunca passar informações em particular de cada aluno. Qualquer informação individual deve ser transmitida aos pais por meio de login e senha ou através das agendas virtuais com acesso de login e senha. Informações disciplinares e os boletins não devem ser expostos de forma pública, pois colocam os filhos em situações vexatórias e humilhantes. Os pais devem entender que a informação on-line não é uma informação final e sim desencadear a ida à escola.
E-mail do professor: Como forma de agilizar os serviços prestados, algumas escolas disponibilizam de forma pública o e-mail dos professores. O e-mail permite a agilidade como elemento inicial de comunicação. Ele jamais substituirá a presença dos pais na escola para o gerenciamento de crises. Como as escolas não disponibilizam o telefone dos professores, também não devem disponibilizar o e-mail.
Agenda on-line: A agenda escolar, conhecida forma de comunicação dos pais, agora também é virtual. Nela existem os comunicados, as tarefas escolares, o calendário escolar, os boletins e, inclusive, algumas escolas disponibilizam o horário de entrada e saída do aluno.  Os eventos e atividades extracurriculares podem ser postados na agenda virtual. Porém, os responsáveis devem se cadastrar com senhas para utilizá-las.
Câmeras com acompanhamento on-line: Quem não quer dar uma espiadinha em tudo o que acontece com o filho na sala de aula especialmente em idade de educação infantil? A idéia em acompanhar o dia a dia em sala de aula é sedutora, porém nem sempre benéfica. Ocorre uma perda da espontaneidade do processo pedagógico. Ao conhecerem as novidades das crianças de antemão, os pais poderão fazer julgamentos errôneos de comportamento, por exemplo, se o filho brigou com um colega, nem sempre os pais saberão como agir e com informações prévias terão discurso pronto. É importante estimular a criança nesta faixa etária a contar na sua visão como foi o dia. Dessa forma o pai auxilia o filho a aprender a se posicionar no mundo e a se tornar independente.  Quanto aos professores, a tendência é a  passividade e a permissividade, porque sempre terão alguém monitorando suas atividades.
Blogs: Hoje os blogs são uma febre em todas as idades. O professor pode utilizar como ferramenta pedagógica criando páginas como intuito de publicar os trabalhos dos alunos, postar artigos, trocar informações, ou até mesmo para que família e amigos acessem as novidades.  Porém, é inadmissível se for utilizado para expor pessoas ou atividades da sala de aula publicamente e denegrir imagens (cyberbulling).
Fotos:  Antes de a escola publicar as fotos dos alunos, é fundamental pedir a autorização escrita aos responsáveis. Algumas escolas incluem em seus contratos de matrícula uma cláusula em que o pai permite a utilização das imagens das crianças em grupo nos materiais publicitários da Instituição. Postar fotos indiscriminadamente expõe crianças a situações de risco.
As modernas ferramentas tecnológicas facilitam a gestão da comunicação na comunidade escolar.  Mas, a pedagoga faz um lembrete. “Somente os pais e responsáveis têm direito de saber sobre o cotidiano escolar dos filhos. A privacidade das informações deve ser garantida pela escola para não expor os filhos a situações vexatórias ou até mesmo colocar em risco a segurança das crianças”.
Referência: www.bemparana.com.br



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